segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Casas decoradas com paisagens

Artista encanta povoado de Feira de Santana decorando casas com paisagens 

Fotografias em tamanho real instaladas por artista em fachadas de casas no povoado de Morrinhos mudam a paisagem e a autoestima da população. Confusão virou rotina entre moradores

 Thais Borges (thais.borges@redebahia.com.br)
Publicado em: http://www.correio24horas.com.br

Ao sair de casa pela manhã, a lavradora Maria Luísa Lopes, 84 anos, deu uma olhada na fachada de casa. Há um mês, a visão era familiar: paredes brancas e janelas verdes. No fim da tarde, quando voltou, o susto. No lugar da casa estava uma estrada de terra, rodeada por grama e por uma cerca de arame farpado. Estava na rua errada? Não. Todos os vizinhos pareciam estar no mesmo lugar - a Rua das Flores, no povoado de Morrinhos, a cerca de 40 quilômetros de Feira de Santana. Avistou o telhado e viu que o imóvel não tinha desaparecido. Mas... Cadê a porta?

Dona Doralice, 88 anos, tomou um susto: ‘Pensei que a minha casa tinha sumido’, conta como foi ver o lugar onde mora após o trabalho da artista visual Maristela Ribeiro
(Foto: Amana Dultra)

 É verdade que a estrada, a grama e a cerca são comuns em Morrinhos. Só que, nesse caso, não passava da fachada da casa onde mora desde que nasceu, com uma pitada de ilusão de ótica.

 Quem olha rápido – e até quem olha atentamente – pode não perceber que ali existe uma fotografia adesiva, impressa em tamanho real e colada no que antes era a parede branca. A intervenção faz parte de um trabalho da artista visual Maristela Ribeiro, professora do Instituto Federal da Bahia (Ifba). Há um ano, ela começou um projeto que pretendia mostrar a realidade de Morrinhos aos seus próprios moradores e ao mundo.
Não, dona Maria Luísa não está numa estrada de chão. Está na frente de sua casa em Morrinhos, Feira. Mais especificamente, na frente da porta - que até ela tem dificuldade de ver
(Foto: Amana Dultra)
Após oferecer oficinas de arte e fotografia à população, Maristela partiu para a última fase do projeto, que começou em dezembro e se estendeu até março. “Não encontrei nenhuma imagem da comunidade, que existe desde 1940. Imaginei trazer a paisagem regional e usar as casas como telhado”, afirma Maristela, que usa o projeto na pesquisa no doutorado em Artes na Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

 Metáfora 


 Apesar de chamar atenção dos quase 400 moradores e também dos forasteiros, a casa de dona Luísa não é a única: as paisagens de Morrinhos foram transportadas para outras nove das cerca de 90 residências do local.

 “Meu objetivo era que as casas desaparecessem. Para mim, era uma metáfora sobre o esquecimento do local, sobre como essas pessoas são deixadas de lado e se tornam invisíveis”. Lá, a maioria dos moradores vive em casas de taipa, sem saneamento básico. A principal fonte de renda, além da agricultura familiar, é o Bolsa Família, segundo a pesquisadora. 


Morrinhos: cerca de 90 casas, 400 moradores e muito esquecimento
(Foto: Amana Dultra)

José Boaventura, o seu Nonô, é só sorriso após a mudança nas casas: ‘Todo mundo amou’
(Foto: Amana Dultra)



Pois, o objetivo foi alcançado. A casa de Luísa, assim como as outras, sumiu. “Eu demorei para achar a porta, na primeira vez”, lembra. Por sorte, viu o poste que fica quase ao lado da casa. “Agora, olho o poste! A porta fica perto dele”. Até os vizinhos estranhavam. “Perguntavam: cadê a casa de Luísa? Agora, todo mundo está encantado”, orgulha-se. 

Confusão
A reação de dona Doralice Lopes, de 88 anos, foi parecida. Seis dias atrás, ela não fazia ideia de que sua casa tinha se transformado em uma cerca que separa a estrada de terra de um rebanho de cabras.
Nos últimos quatro meses, o filho, o lavrador José Boaventura, 68, esteve sozinho na casa de três quartos – ela descansava na casa de outra filha, em Salvador, depois de uma cirurgia “nas vistas”. Quando chegou, não reconheceu a residência onde sempre morou.
“Perguntei: cadê minha casa, gente? Achei que tinha sumido! Quando saí, minha casa era branca. Voltei e estava verde!”, comenta, deslumbrada. Ela nunca tinha visto uma foto em tamanho real. Agora, sentada em um banco de madeira sem recosto, dona Doralice também vê a Rua das Rosas, embora a tal rua não fique ali. O que ela vê, na verdade, é  a fachada de outra casa que reproduz a via do povoado.

Artista Maristela Ribeiro (calça), em frente à casa de dona Doralice (laranja): metáfora
(Foto: Amana Dultra)


 “Eu nasci, me criei e perdi os dentes em Morrinhos, mas nunca tinha visto uma coisa tão bonita!”. Acostumado a ouvir promessas de políticos que não se concretizam, o filho dela, seu Nonô, achou que o mesmo fosse acontecer com a nova casa. “A gente pensava que não ia sair nada. Quando ela (Maristela) chegou e jogou o papel, foi que a gente viu. Todo mundo amou”. 

 Atração 


 Das dez casas, seis ficam na praça central da comunidade - que também concentra a maior parte da vida do povoado. Quase de frente para a igreja, a cachorra Pintada corre em direção às garças que sobrevoam os mandacarus. Contudo, só a cadela está realmente ali. Garças e mandacarus estão representados na casa da lavradora Joana Lopes, 52.
 “O povo vem filmar, gravar, tirar foto. Eu fico até preocupada, do jeito que as coisas estão hoje, né?”, dizia, enquanto um grupo de crianças parava em frente à casa para admirar a paisagem. “Ver a casa assim é bom demais. Pena que a gente ainda não tem condições para reformar dentro, né?”, lamentou, mostrando a parede lateral do imóvel, construída com adubo de barro. 

 Hoje, Maristela é reconhecida por onde passa, em Morrinhos. Não é política, nem popstar. Mas, lá, é quase uma celebridade. “No início, eles tinham desconfiança, mas são muito hospitaleiros. Perceberam que seria uma troca, porque eles têm uma estética própria”. E se depender dos moradores, essa estética vai ficar exposta por muito tempo, como garantiu dona Doralice: “Não deixo tirar. Só o tempo pode levar embora”, avisa.

 População reclama que abastecimento de água foi interrompido há 15 dias 

 Castigados pela seca, os moradores de Morrinhos têm se virado sem água há 15 dias. Para completar, a maioria das casas também não tem saneamento básico. “A gente vai buscar água num tanque duas, três vezes por dia”, conta o lavrador André Batista, 76 anos. 




Sem água há 15 dias, moradores de Morrinhos são obrigados a carregar baldes e galões
(Foto: Amana Dultra)

  O tanque fica a cerca de dois quilômetros do povoado, no terreno que faz parte de uma fazenda da região. Todos os dias, eles caminham até lá com carros de mão e baldes na cabeça. “O tanque é fundo, quase do tamanho do poste, quando está cheio. Mas quem alimenta é a chuva e não está chegando nem nas pernas”, diz, apesar de não saber dizer há quanto tempo não chove. 

 A água que resta se mistura com a lama do fundo do poço. “Como se não bastasse, a gente disputa com animais que bebem a água. É cavalo, cachorro, porco...”, afirma o lavrador Ivonaldo Barbosa, 30. 

 Procurada pelo CORREIO, a assessoria da prefeitura de Feira de Santana não deu um posicionamento oficial até o fechamento desta edição, às 20h. Já a assessoria da Embasa, responsável pelo fornecimento de água, não confirmou a informação, devido à paralisação administrativa de 24 horas do órgão, ontem. 

 Povoado tem cerca de 400 moradores em 90 casas 

 Localizado no distrito de Jaguara, em Feira de Santana, o povoado de Morrinhos tem quase 400 habitantes, que vivem em cerca de 90 casas. Para chegar até lá, é preciso seguir pela BR-116 e pela Estrada do Feijão. 



 Apesar de os primeiros moradores terem chegado em 1890, o número de casas só aumentou em 1975, segundo o lavrador André Batista, 76 anos, popularmente chamado de “memória viva” da comunidade. “Só tinha seis casas. Depois, as famílias começaram a chegar e abrir as ruas”.

Confira também:


http://issuu.com/tmagrit/docs/catalogocasasdosertao_versaovirtual

http://g1.globo.com/videos/bahia/jornal-da-manha/t/edicoes/v/trabalho-de-artista-plastica-mexe-com-o-imaginario-dos-moradores-de-morrinhos/3296509/

quinta-feira, 21 de março de 2013

Processo de desertificação no Brasil e no Mundo

Por Lucas Lobato

Nos últimos anos, se tornaram comuns, no Brasil, os desastres naturais como as chuvas torrenciais que atingiram na última semana a cidade de Petrópolis (RJ). Em apenas um dia, o índice de precipitação chegou a 400mm. A média para a região durante um ano é de 1500mm. Tal fenômeno é comum em áreas desérticas, onde pelo contrario do que se pensa, chove durante um ou poucos dias, a chuva de todo o ano.

Fica claro que a natureza nos alerta sobre a devastação do meio natural produzida pelo homem como o desmatamento, a impermeabilização do solo, o aceleramento do aquecimento global e os altos índices de poluição.










A principal causa da desertificação é a retirada predatória e em grande escala dos recursos através de:
-Manejo inadequado do solo e da água,
-Desenvolvimento de atividades agropecuárias,
-Mineração,
-Irrigação mal planejada,
-Desmatamento indiscriminado,



No Brasil a desertificação é  causada, principalmente, pela agricultura não adaptada aos ecossistemas, que resulta na redução da fertilidade dos solos, pela erosão e salinização dos mesmos, assim como o esgotamento dos aquíferos. Essa situação tende a piorar, tendo em vista a intensificação da produção agrícola com objetivos meramente econômicos. Já é possível identificar muitos focos de "novos desertos" em vários estados brasileiros, inclusive dentro da Floresta Amazônica, e o pior, na maioria dos casos o processo é irreversível.

Cabe a nós criar novas perspectivas, mudando nosso hábitos e cobrando a mudança do processo de crescimento econômico do país em busca do Desenvolvimento Sustentável do Brasil.

Como podemos fazer nossa parte?


- Reduzir o desperdício de água
-Reduzir o consumo dos resíduos sólidos (Pense de novo os 7R's)
-Diminuir o consumo de energia elétrica
-Diminuir o consumo de combustíveis fosseis como a gasolina. Utilizando meios de transporte públicos e bicicletas. Caso sua cidade não disponha de um sistema eficiente, una-se a outras pessoas e cobre mudanças na câmara municipal. Os vereadores devem trabalhar para melhorar a qualidade de vida no município.
-Plante uma árvore! Além de melhorar a qualidade de vida de todo o ecossistema do qual fazemos parte, é uma ótima terapia.

Fontes:


terça-feira, 19 de março de 2013

Suporte para carregador de celular

Se o seu carregador não alcança a tomada, a solução é simples: basta criar um suporte com a embalagem de sabonete líquido, shampoo e tantos outros materiais!
Use sua criatividade!

domingo, 17 de março de 2013

Criatividade para Reciclar


Confira as fotografias. 
São luminárias e cortinas lindas feitas com o fundo de garrafas pet.
Visite o link de Michelle Brand. RECICLE UMA IDEIA!


http://michellebrand.tumblr.com/Cascade

 





 http://michellebrand.tumblr.com/Flowerfall

No Como Fazer Tudo Artesanato tem outra dica com o corpo da garrafa pet. 

Assista o vídeo! 
Mais uma ideia do que você pode fazer  as garrafas Pet. 

Publicado em: http://www.larcriativo.com/ 
http://www.larcriativo.com

CADEIRA COM GARRAFAS PET



CADEIRA COM GARRAFAS PET
É fácil montar móveis com garrafas PET? Agora que a técnica foi desenvolvida, a resposta é sim.
Se hoje a confecção de móveis com garrafas PET já está se tornando uma prática conhecida, isto se deve ao espírito inventivo e ao pioneirismo do Prof. Sebastião Feijó, criador da técnica.
Material necessário:
  • Garrafas plásticas de dois litros (200 a 250 para a poltrona e 40 a 50 para o pufe)
  • Tesoura
  • Fita adesiva larga (ou barbante nº 6/8)
Etapas:

 

1 - MONTANDO A PEÇA DE RESISTÊNCIA

1.1 Separe uma garrafa limpa, vazia e sem rótulo. Vamos chamá-la de peça "a":
1.2 Pegue uma garrafa e corte-a ao meio. Vamos chamar a parte de baixo de peça "b" e a de cima de peça "c":    
1.3 Corte outra garrafa ao meio. Vamos chamar a parte de baixo de peça "d" e a de cima de peça "e":    
1.4 Encaixe a peça "c" dentro da peça "b":
DICA: use uma chave de fenda para ajudar a encaixar as peças.
pet-1f.jpg (6718 bytes)   
1.5 Encaixe a peça "a" dentro da peça "b+c":       
1.6 Encaixe a peça "d" por cima da peça "a+b+c" pet-1j.jpg (11462 bytes)    

      

    

Está pronta a PEÇA DE RESISTÊNCIA.



2 - MONTANDO O ASSENTO DA CADEIRA


2-1. Faça 16 peças de resistência e prenda-as, duas a duas, com fita adesiva, formando oito duplas: pet-2a.jpg (13086 bytes)
2-2. Junte novamente os conjuntos de dois em dois, formando quatro grupos de quatro peças de resistência: pet-2b.jpg (16774 bytes)
2-3. Mais uma vez amarre de dois em dois, formando dois grupos de oito peças de resistência: pet-2c.jpg (27872 bytes)
2-4. Amarre os dois grupos de oito peças de resistência para formar o ASSENTO DA CADEIRA:pet-2d.jpg (42486 bytes)

3 - MONTANDO O ENCOSTO DA CADEIRA



3 - MONTANDO O ENCOSTO DA CADEIRA
3-1. Encaixe três peças "b+c" por cima da peça de resistência, formando um tubo. Faça dois tubos dessa maneira.     
3-2. Faça mais dois tubos, dessa vez encaixando quatro peças "b+c" sobre a peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o ENCOSTO DA CADEIRA:
3-3. Faça mais dois tubos, dessa vez encaixando quatro peças "b+c" sobre a peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o ENCOSTO DA CADEIRA: pet-3c.jpg (39102 bytes)
3-4. Junte o ENCOSTO ao ASSENTO com várias voltas de fita adesiva para ficar bem firme.
ESTÁ PRONTA A CADEIRA!
pet-final.jpg (70515 bytes)